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Sunday, July 30, 2017

Aprender inglês? Let's go!


          Não sou e estou longe de ter um inglês perfeito, conheço pessoas que tem, e que nem sabem como aprenderam, pois estão desde sempre em contato com o idioma. Sabemos que nem todos somos estes seres perfeitos ou tivemos a chance de aprender desde nosso primário.

          A gente fica caindo no looping infinito do vou "começar", vou "continuar" e do eu "esqueci". Vendo por um lado pessoal, não acredito que isso seja real. Nem que exista este ponto de partida e que todo mundo sempre estará nele. Não estou tentando falar que estes métodos de escolinha são falhos, mas quem ai se considera básico? Já parou para pensar o que compõe o seu básico? e se o seu básico for diferente do outro que chama isso de intermediário? Você lembra quando estava no básico do português? Hahaha

          Escuto muito da minha familia as pessoas dizendo que não tem tempo, ou que é muito difícil, até papo de que dizem que são melhores para falar do que para escrever/ouvir. Eu fico pensando se eles são assim com o português também.

          Eu me divirto quando vejo esses titulos sensacionalistas de "Novo método cientifico para ser fluente em 48Hs" e o número de pessoas que acreditam nisso. Cara eu sou Millenium e o inglês mais do que nunca está presente no meu dia a dia, desde utilização de ferramentas no trabalho quando no compartilhamento de informações e relatórios. Eu posso escolher entre saber o minimo para viver ou me limitar em vários assuntos, desde séries que não tem dublagem até para trabalhar.

          A dificuldade para começar a aprender inglês para mim foi a mesma de começar uma dieta ou a prática de esportes, exigiu cansaço fisico/mental. Nunca me adiantou pegar aqueles livros do básico e ir lendo, já comecei no modo Hard. Foi até engraçado e hoje não consigo mais viver no dublado ou setting em português, me perco muito. Se coloque num cenário em que você precisa aprender inglês, não tem grana para os cursos super caros e nem tempo. Eu me forcei a aprender, mudei a configuração do meu computador e do meu smartphone, parei de assistir qualquer coisa dublada e comecei a estudar assuntos do meu interesse em inglês (Xadrez, excel, marketing). Estou a 6 anos nessa brincadeira, se me perguntarem se eu falo inglês vou responder claramente que não, mal gosto de falar português. Mas fui me testar e fazer o TOEFL, fiz duas vezes uma em 2015 e outra em 2016,  tirei pontuação a nível B2 em 2015 e em 2016 tirei C1, considerada proeficiência avançada no idioma, sabendo que o rank maximo é C2.

          Claro minha principal motivação foi conseguir acompanhar minhas séries em tempo real, sem necessidade de ler legendas (sou miope e não enxergo letras pequenas direito) nem pensava em trabalho na época. Recentemente tive um desafio de fazer um curso totalmente em inglês (professor não falava português), entendi todo o conteúdo, mas na hora de falar eu fui um CAOS, descobri que tenho essa necessidade.

          Concluindo eu não acredito que exista um ponto final para "ter todo o conhecimento" no idioma, cada um tem suas necessidades e desafios. Minha ideia é começar a postar aqui neste blog redações, textos e qualquer coisa que eu conseguir traduzir para o inglês e talvez em dois anos parar e ler os meus erros de comunicação no inicio.

          Eu entendo que todo mundo é diferente, não quero equalizar todos, você que está lendo, comenta quais seus desafios para aprender inglês. Talvez para um intercâmbio, ou por alguma situação tão vergonhosa quanto a minha, acredito que a colaboração pode nos eleva aos céus.

Abs,

Monday, February 27, 2017

Estrutura de pesquisa de Marketing Universitário

          Como estudante de Marketing, aprendi que a melhor maneira de compreender qualquer tema, comportamento, mudança, etc é através de pesquisas, caracterizamos o universo de pesquisa todo o "campo" sobre qual a pesquisa será elaborada, como no caso dos refrigerantes ou das pipas. Claro que isso vem de onde você está inserido, ou planeja estar, em primeiro lugar deve-se levar em consideração o motivo a criar uma pesquisa, se há realmente um problema que uma pesquisa pode resolver ou nortear.

          A baixo vou apontar a estrutura que utilizo nos meus trabalhos na universidade, que ao longo destes 7 semestres venho usando e adaptando de acordo com o que cada professor pede.

1º Problema:
  • Definir um problema, que seja claro, direto e de concordância mútua: As vendas estão caindo, as metas não estão sendo atingidas, os clientes estão deixando de retornar. Deixe bem claro o problema, explique-o em um paragráfo de 5 linhas e estruture o motivo dele ser um problema, quais as condições o tornam um problema e reafirme o quão grave ele é.
2º Hipóteses:
  • Antes de criar hipóteses garanta que elas não irão enviezar o estudo, pois as vezes elas só fazem sentido na nossa cabeça e criamos viés de confirmação para que elas façam sentido para os outros, crie hipóteses reais e levante em brainstorm diversas raízes que possam estar criando estes problemas.
  • Liste as hipóteses e crie um mini-paragráfo explicativo sobre a hipótese: "Os clientes estão deixando de retornar por serem mal atendidos no PDV" e não esqueça de NÃO CRIAR HIPÓTESES SOBRE HIPÓTESES, isso é algo que lhe desvia o foco da pesquisa, no final se alguma hipótese for confirmada, deve ser pesquisada e criado um plano para solução do problema.
3º Objetivo:
  • Objetivo primário: Definir o norte da pesquisa, se é para estruturar uma estratégia de marketing da empresa (CRM, campanhas), novos produtos ou linhas, compreender perfis e comportamento do cliente, reduzir gastos, aumentar a margem de contribuição dos lucros. Deixando menos "formal" o objetivo pode ser: quero aumentar o preço dos produtos, como vão reagir? Lançamento do sabor de lichia, ou  descobrr qual é o perfil demografico que mais da lucro.
  • Objetivos secundários: Claro que uma pesquisa não tem que ter apenas um objetivo, mas sim o objetivo Mãe/Raíz, com vários micro objetivos, como no caso do objetivo de aumentar o preço, pode-se haver o objetivo de "redução de quantidade de produto mantendo o preço atual" ou "substituição da marca da matéria-prima por insumos mais baratos", "como trabalhar em cima do perfil que mais da lucro", "gastar a mesma proporção com o perfil que mais da lucro".
          Enfim, o objetivo primário é o qual você vai nortear os estudos e os objetivos secundários são subtópicos nos quais você entregará soluções e insights.

4º Modalidade:
          Quali ou quanti, é o que vejo as pessoas falando normalmente, é engraçado que as vejo falar tanto nos termos mas elas se confudem e parecem míopes sobre isso. Vou tentar ser bem franco na minha definição:
  • Quantitativa: Você vai trabalhar em cima de dados objetivos, claros e exatos. É para entender comportamentos, mensurar preços, elasticidade da demanda, aqui você trabalha números, normalmente reproduz os resultados em porcentagem. Nessa modalidade de pesquisa deve-se sempre haver comprovação de pares aleatórios caso você defina alguma fórmula. Na verdade é simples se eu disser que é da maneira X, outra pessoa tem que ser capaz de reproduzir da mesma maneira e o resultado ser X também. 
  • Qualitativa: é uma pesquisa que lhe apresenta aquilo que você não vê e deve ser sentido. Como o que seu cliente espera de você, como seus pais esperam que você reaja em uma situação específica e características ocultas: como mensurar o Branding da sua compania? qual o mindshare de um universo ou como o cliente se sente em uma situação X com sua marca(Ele compra por que não tem outra opção, ou compraria mais se fosse sustentável).
5º Métodos de pesquisa:
  • Estatísticos: RFV (Recência, Frequência e Valor) Entender e criar nomeclaturas/clusters de clientes. Esse método vai dizer o perfil pesquisado, o nível de aderência a um preço específico, a quantidade de vezes que é comprado, enfim, entregará resultados estatísticos sobre a pesquisa, e sim ele pode ser usado na qualitativa, pensando no quesíto uma linha de produtos ecológicos poderia ter uma frequência de compras maior que a linha atual, ou uma aderência maior.
  • Descritivo: Coleta de dados sobre a experiência dos usuários ou dos clientes com o serviço/produto e como o modelo a cima este também se emprega na pesquisa quantitativa, já viu aquelas perguntas de 1 a 10 o quanto você se sente satisfeito com tal serviço x.
6º Amostragem:
          As pessoas complicam demais essa parte, mas é fácil, você considera a amostra em probabílistica ou não probabílistica. A probabilistica é a amostragem em que todos dentro da população tem chances conhecidas de participarem da amostra selecionada e ainda tem 4 sub-divisões:
-aleatória (auto-explicativa)
-sistemática (você ordena por um intervalo de X, como se você fosse escolher 10 pessoas entre 1.000, fazendo a continha 1.000/10 = 100, você pega o usuário n° 100, 200, 300... para garantir a partição proporcional da amostra)
-estratificada: Dividir por características semelhantes, como idade, sexo, genêro.
-Conglomerado: por bairro, distrito. Nunca vi nenhumja pesquisa usando esta.
A amostragem não probabilística reconhece que sua amostra é tem perfis diferentes e normalmente segmenta em cotas (grupos) semelhantes: Estudantes masculinos de culinária, Estudantes femininas de culinária, Estudantes acima dos 40 anos.

7º Questionário:
          As etapas anteriores lhe entregaram todo o norte e uma grande parte do planejamento da sua pesquisa, agora você precisa definir de acordo com o que você definiu antes as pesguntas e respostas que pretende aplicar a sua amostra.
Tenha em mente respostas pré-definidas para suas perguntas quantitativas: "quanto você pagaria por isso? a. menos de R$50,00 ou e. mais de R$100,00. Evite deixar campos abertos, no máximo coloque um e. Outros:_________
          Estruture para que o questionário siga uma sequência lógica da mente do entrevistado, pois o mesmo vai ficar confuso se as perguntas que se imendarem estiverem em ordem distante.
Siga as leis da empatia: Se fosse você respondendo, essa pergunta faria sentido? Quantas perguntas você responderia? quanto tempo levaria para responder um questionário desses?Em que horário estaria confortável para responder esse questionário? Você seria honesto com as respostas?

8º Canais:
  • Qual a plataforma para a coleta do questionário? Por que? Quanto tempo ele deve estar disponível? (telemarketing, redes sociais, email)
         Antes de tentar um free-trial tome cuidado, vou te aconselhar a utilizar o google forms para isso, mesmo sabendo que o SurveyMonkeys é muito melhor e mais profissional, a versão free não lhe entrega todos os resultados da pesquisa, e o Formstack? O formstack tem limitação a 50 respostas no formulário free. A melhor opção se não for pagar é o Google forms e é bem simples de fazer e responder.

9º Apresentação dos dados:
          Essa é sem dúvidas a parte mais importante e a mais delicada, você não pode mais voltar atrás, os dados já foram coletados e recriar a pesquisa dará muito trabalho.
Interpretar os dados é o que tem de mais díficil em pesquisas, você consegue encontrar de tudo ali dentro. Se você quiser ser só mais um que entrega graficos bonitinhos dizendo que 1+1 é dois, vá em frente, mas se você quiser entregar um diferencial, algo que surpreenda as pessoas você terá que enxergar o além: as respostas subjetivas e que a própria amostra não percebeu.
          Como por exemplo: Você fez uma pesquisa para condicionar seu produto ao seu Target mais lucrativo e você acaba descobrindo que o relógio mais comprado pelo público feminino é masculino. Cara você tem o ouro na mão, não é algo fácil de enxergar, pois você claramente não esperava um resultado destes, e há vários elementos invisíveis que apresentam dados únicos.
         Minha dica é: não se prenda e nem apresente o simples, se não for para impressionar não se dê o trabalho de fazer. Perder tempo lendo uma pesquisa clichê é horrível e quase todas são.
Busque agregar um plano de valor a pesquisa e apresente uma proposta de solução do problema, não há ninguém melhor que você para sugerir a mudança com os conhecimentos adquiridos pelo estudo. Se conseguir, crie e caracterize os perfis de resultado como personas e identifique como elas agem. Issos será concerteza de grande valor!
          Tudo que está apresentado aqui em cima foi meu conhecimento adquirido, principalmente na faculdade com o Prof°Eduardo magnani e no Carrefour com o coordenador de data analise Hugo Fernandes de Lima que tem o foco na extração de insights únicos dos dados. Trabalhei em uma agência de pesquisas também, para ser franco, era bem mais simples do que apresentei aqui.
          É importante no final, sempre inserir suas referências para que não se perca, como todos os sites onde coletou dados e as datas de acesso, nome/cidade/idade de todos da amostra, referência bibliográfica, metodologia abordada, até os pensadores no qual se insipira é algo válido, assim da para reconhecer sua linha de pensamento.

São Paulo, 27 de Fevereiro de 2017